O que é esoterismo?
Podemos designar esoterismo de diversas maneiras, aliás, como tudo na vida, tudo tem sua versão, seu princípio e seu fim.
Posso
dizer que Esoterismo é o estudo do lado oculto da natureza, ou seja, é o
estudo da natureza na sua plenitude e não apenas da parte que a ciência
moderna estuda e compreende.
O esoterismo segundo Helena Blavatsky:
Segundo Helena blavatsky o termo esotérico quer dizer “o que está dentro”, em oposto ao “que está fora” (que é chamado de exotérico).
O
substantivo esoterismo é de formação relativamente recente, por
comparação com o adjetivo esotérico, de origem grega, donde deriva.
O
adjetivo eksôterikos, -ê, -on (exterior, destinado aos leigos, popular,
exotérico) já existia em grego clássico, ao passo que o adjetivo
esôterikos, -ê, -on (no interior, na intimidade, esotérico) surgiu na
época helenística sob o Império romano. Diversos autores os utilizaram.
Veremos dentro em pouco alguns exemplos.
Têm
a sua origem, respectivamente, em eisô ou esô (como preposição
significa dentro de, como advérbio significa dentro), e eksô (como prep.
significa fora de, como adv. significa fora). Destas partículas
gramaticais (preposição, advérbio) os gregos derivaram comparativos e
superlativos, tal como no caso dos adjetivos.
Em
regra, o sufixo grego para o comparativo é -teros, e para o superlativo
é -tatos. Por exemplo, o adjetivo kouphos, leve, tem como comparativo
kouphoteros, mais leve, e como superlativo kouphotatos, levíssimo. Do
mesmo modo, do adv./prep. esô obtém-se o comp. esôteros, mais interior, e
o sup. esôtatos, muito interior, interno, íntimo.
O
adjetivo esôterikos deriva, portanto, do comparativo esôteros. Certos
autores, porém, talvez mais imaginosos, propõem outra etimologia,
baseada no verbo têrô que significa observar, espiar; guardar,
conservar. Assim, esô + têrô significaria qualquer coisa como espiar por
dentro e guardar no interior.
Platão
(427-347 a. C.) no seu diálogo Alcibíades (aprox. 390 a. C.) utiliza a
expressão ta esô no sentido de as coisas interiores, e no diálogo
Teeteto (aprox. 360 a. C.) utiliza ta eksô com o significado de as
coisas exteriores. Por sua vez Aristóteles (384-322 a. C.) utiliza o
adjetivo eksôterikos na sua Ética a Nicómaco (I, 13), cerca do ano 350
a. C., para qualificar o que ele chama os discursos exotéricos, ou seja,
as suas obras de juventude, de fácil acesso a um público mais geral.
O
primeiro testemunho do adjetivo esôterikos encontramo-lo em Luciano de
Samosata (aprox. 120-180 d. C.) na sua obra satírica O Leilão das Vidas,
§ 26 (também chamado O Leilão das Escolas Filosóficas), composta cerca
do ano 166 d. C.
Mais
tarde, os adjetivos eksôterikos e esôterikos passaram a ser aplicados,
por engano, aos ensinamentos de Aristóteles por Clemente de Alexandria
(aprox. 150-215 d. C.) na sua obra Strômateis, composta cerca do ano 208
d. C.: As pessoas da escola de Aristóteles diziam que, entre as suas
obras, algumas são esotéricas e outras destinadas ao público ou
exotéricas (Strômateis, Livro V, cap. 9, 58). Clemente supunha que
Aristóteles era um iniciado, e portanto seriam esotéricos os
ensinamentos que facultava no seu Liceu a discípulos já instruídos. Na
verdade era apenas um ensino oral e Aristóteles qualificava-o como
ensinamento acroamático, que quer dizer transmitido oralmente, nada
tendo de esotérico no sentido iniciático do termo.
O
teólogo alexandrino Orígenes (aprox. 185-254 d. C. ), discípulo de
Clemente, já usa ambos os adjetivos em conotação com o oculto, ou
melhor, o iniciático; contestando as críticas do anti-cristão Celso, diz
Orígenes: Chamar oculta à nossa doutrina é totalmente absurdo. E de
resto, que haja certos pontos, nela, para além do exotérico e que
portanto não chegam aos ouvidos do vulgo, não é coisa exclusiva do
Cristianismo, pois também entre os filósofos era corrente haver umas
doutrinas exotéricas, e outras esotéricas. Assim, havia indivíduos que
de Pitágoras só sabiam “o que ele disse” por intermédio de terceiros; ao
passo que outros eram secretamente iniciados em doutrinas que não
deviam chegar a ouvidos profanos e ainda não purificados.
O
termo esotérico começou a ser usado como substantivo a partir de
Jâmblico (aprox. 240-330 d. C.), filósofo e místico neoplatónico que se
refere aos discípulos da escola pitagórica nos seguintes termos: Estes,
se tivessem sido julgados dignos de participar nos ensinamentos graças
ao seu modo de vida e à sua civilidade, após um silêncio de cinco anos,
tornavam-se daí em diante esotéricos, eram ouvintes de Pitágoras, usavam
vestes de linho e tinham direito a vê-lo.
O
conceito de esoterismo é de criação muito mais recente. Johann
Gottfried Herder (1744-1803), que se opôs ao racionalismo Iluminista da
sua época, foi o primeiro autor a utilizar a expressão esoterische
Wissenschaften (ciências esotéricas), referenciável no tomo XV das suas
Sämtliche Werke, e o substantivo l’ésotérisme surgiu pela primeira vez
na obra Histoire critique du gnosticisme et de ses influences (1828), de
Jacques Matter.
Na
sequência, deve-se ao ocultista e cabalista Eliphas Lévi (1810-1875) a
vulgarização dos termos esoterismo e ocultismo (este último na sua
acepção moderna e mais lata de corpus de ciências ocultas, diferente da
Occulta Philosophia, ou Magia, de Agrippa, por exemplo). A partir de
então o termo adquiriu uma voga crescente, sobretudo depois que Helena
P. Blsvatsky, A. P. Sinnett, Annie Besant, C. W. Leadbeater, etc., da
corrente teosofista da Sociedade Teosófica popularizaram o conceito,
desde o último quartel do século xix e ao longo dos inícios do século
xx.
Paralelamente,
certos autores começaram a encarar o estudo do esoterismo de um ponto
de vista mais académico, não se considerando, eles mesmos, esotéricos,
mas investigadores quer da história quer das ideias de determinadas
correntes espirituais, místicas ou ocultas. Entre estes contam-se por
exemplo, nos finais do século xix, George R. S. Mead e Arthur Edward
Waite, cujos trabalhos, apesar de tudo, ainda se encontram a
meio-caminho entre o discurso esotérico e a pesquisa universitária.
No
primeiro quartel do século xx, Max Heindel (1865-1919) estabeleceu a
distinção técnica entre o oculto e o místico, e, embora inserido numa
específica corrente esotérica, deu forma consistente, nas suas obras,
quer à vertente mística quer à vertente oculta do esoterismo.
Por
sua vez Rudolf Steiner (1861-1925), igualmente inserido numa corrente
esotérica bem definida, abordou o esoterismo segundo um duplo
enquadramento, ocultista e científico.
René
Guénon (1886-1951) trabalhou o esoterismo, genericamente, segundo uma
perspectiva mais filosófica do que histórico-crítica, tendo o cuidado de
distinguir entre o esoterismo cristão, o islâmico e o védico; todavia, o
grande impulso para o estudo do esoterismo de um ponto de vista de
investigação académica surgiu a partir de 1928, com a tese de Auguste
Viatte sobre o Iluminismo, seguindo-se-lhe as pesquisas e os trabalhos
de Will-Erich Peuckert sobre a pansofia e o rosacrucianismo, de Lynn
Thorndike sobre a história da magia, da Prof.ª Frances A. Yates sobre o
Iluminismo rosacruz e o esoterismo renascentista, etc., devendo-se a
esta última o principal estímulo para uma pesquisa universitária,
rigorosa, incidindo sobre o território esotérico, o que fez alterar o
respectivo panorama investigacional a partir dos anos 60 e 70 do século
xx. O prof. Antoine Faivre, mais recentemente, chama a atenção para os
estudos de Ernest Lee Tuveson sobre o hermetismo na literatura
anglo-saxónica dos séculos xviii e xix, e de Massimo Introvigne sobre os
movimentos mágicos dos séculos xix e xx, sobretudo pelo fato de
proporem abordagens novas, interdisciplinares.
Atualmente,
é já bastante vasto o leque de autores que estudam o esoterismo em
ambiente de investigação académica, tendo-se tornado consensual a
designação de esoterólogos para alguns desses investigadores, o que
pressupõe uma ciência da Esoterologia que está a ter acolhimento nos
curricula de algumas Universidades.
Nem
todos coincidem, porém, nas suas posições e definições do campo
investigacional do esoterismo, podendo de certo modo, e sem tentar uma
conciliação entre os diferentes autores, dizer-se que existem vários
esoterismos.
Por
amor à brevidade, limitar-me-ei a salientar alguns esoterólogos
contemporâneos cujos trabalhos são de capital relevância para a
compreensão do objeto temático do esoterismo:
Em
termos muito simplificados podemos dizer que duas grandes tendências
gerais se perfilam entre estes autores: uma, poder-se-á designá-la por
universalismo pró-esotérico, e outra, por estruturação
histórico-crítica. O prof. Wouter J. Hanegraaff ainda considera uma
terceira tendência a que chama formas de anti-esoterismo, que, por não
serem indispensáveis neste breve resumo, me abstenho de considerar aqui.
Na
linha do universalismo pró-esotérico incluem-se os trabalhos e a
atividade universitária de professores como Pierre A. Riffard e José M.
Anes, por exemplo.
Segundo
Riffard, o esoterismo tanto existe no Ocidente como no Oriente, desde a
pré-história até aos nossos dias, e tem a ver com o mistério da
existência tal como é percebido pelos seres humanos; além disso, Riffard
critica certos investigadores académicos que procuram estudar o
esoterismo de fora, como se pudesse existir um fenómeno cultural
esotérico independentemente do esoterismo em si. Segundo Riffard, a
essência do esoterismo é, ela mesma, esotérica; na sua monumental obra
de perto de 400 páginas, L’ésotérisme, Riffard interroga-se: Pode alguém
ser um esoterólogo sem ser, ao mesmo tempo, um esotérico?
De
acordo com este ponto de vista, elabora uma descrição do esoterismo
segundo as oito invariáveis que, em sua óptica, o caracterizam:
1. A impessoalidade do autor
2. A oposição esotérico/exotérico
3. A noção de o subtil como mediador entre o espírito e a matéria
4. Analogias e correspondências
5. A importância dos números
6. As ciências ocultas
7. As artes ocultas
8. A Iniciação
Uma
posição totalmente diferente é assumida pelos profs. Antoine Faivre e
Wouter J. Hanegraaff, por exemplo, defensores da linha
histórico-crítica. Segundo Faivre não se deve falar em esoterismo mas em
esoterismos, ou melhor, em correntes esotéricas e místicas, uma vez que
ele considera que não há um esoterismo em si, mas apenas correntes,
autores, textos, etc.
Para
que o esoterismo constitua uma especialidade académica reconhecida pela
comunidade científica, Antoine Faivre define-o do seguinte modo, de
acordo com a Direção de Estudos da Setion des Sciences Religieuses
(Sorbonne), que ele mesmo integra com outros docentes: um corpus de
textos que constituem a expressão dum certo número de correntes
espirituais, na história Ocidental moderna e contemporânea, ligadas
entre si por um ar de família, bem como uma forma de pensamento que
subjaz a essas correntes. Considerado de forma extensiva, esse corpus
estende-se da Antiguidade tardia até hoje; considerado de forma
limitativa, abarca um período que vai do Renascimento até à época
contemporânea.
Isto
implica que, ao contrário das teses universalistas, ficam excluídos do
conceito de esoterismo alguns significados que Antoine Faivre enumera de
modo a deixar bem claro o que, de acordo com o seu critério, o
esoterismo não é:
Um
termo genérico, mais ou menos vago, que serve para os editores e
livreiros classificarem coleções de livros ou rotularem prateleiras, e
onde cabem o paranormal, as ciências ocultas, as tradições sapienciais
exóticas, etc.;
Um termo que evoca a ideia de ensinamentos secretos e uma disciplina do arcano, com diferenciação entre iniciados e profanos;
Um
termo aplicável a um certo número de processos mais experienciais que
racionais, e que se aproxima da ideia de Gnose no sentido universal,
propondo-se atingir, mediante certas técnicas experienciais, o Centro do
Ser (Deus, o Homem, a Natureza, etc.), não se excluindo, desta
concepção, uma atitude filosófica que advoga a unidade transcendente de
todas as religiões e tradições.
Em
contrapartida, aquela forma de pensamento que Faivre considera como
própria do conceito de esoterismo distinguir-se-ia por seis
características ou componentes fundamentais, das quais quatro são
intrínsecas, no sentido em que a sua presença simultânea é uma condição
necessária e suficiente para que um discurso seja identificado como
esotérico, e duas são secundárias ou extrínsecas, e cuja presença pode
ou não coexistir ao lado das outras quatro.
São elas:
1. A ideia de correspondência (O que é em cima é como o que é em baixo, segundo a Tábua da Esmeralda )
2. A Natureza viva (o Cosmos não é apenas complexo, plural, hierarquizado, etc.: é sobretudo uma Grande Entidade Cósmica viva);
3. Imaginação e mediadores (a imaginação é a faculdade superior de penetrar nos códigos que se ocultam nos mediadores, os quais, por sua vez, são os rituais, as imagens do Tarot, as mandalas, etc., etc., símbolos carregados de polissemia cuja decifração cognitiva permite o acesso ao mundus imaginalis definido por Henri Corbin);
4. A experiência da transmutação (percurso espiritual simbolizado alquimicamente por três graus: nigredo, ou obra em negro, morte, decapitação; albedo, ou obra elevada ao branco; e rubedo, ou obra elevada ao vermelho, pedra filosofal);
5. A prática da concordância (prática que visa descobrir os denominadores comuns a duas ou mais tradições aparentemente distintas, na expectativa de que, mediante esse estudo comparativo, se alcance o filão escondido que levaria à Tradição primordial, da qual todas as tradições e/ou religiões concretas seriam apenas os galhos visíveis da grande árvore perene e oculta);
6. A transmissão (conjunto de canais de filiação pelos quais se processa a continuidade de mestre a discípulo, ou de iniciação no interior duma sociedade, no pressuposto de que ninguém se pode iniciar sozinho e que o segundo nascimento passa obrigatoriamente por esta disciplina).
Outros
autores simplificam a questão considerando que o esoterismo se
constituiu no Ocidente como disciplina autónoma, a pouco e pouco, a
partir de finais da Idade Média, porque a teologia e a ciência
absorveram certos temas que o integravam, eliminando outros que, por
serem mais inquietantes ou pertencerem ao imaginário mais perturbador,
acabaram, com essa expulsão ou mesmo perseguição, por integrar as
correntes esotéricas ocidentais, sobretudo a partir do Renascimento.
No
Oriente , pelo contrário, a teologia contém os temas esotéricos e por
conseguinte o esoterismo não precisa de se constituir como disciplina
aparte.
Segundo
este ponto de vista, pode-se falar em esoterismo associado às varias
escolas e tendências que se desenvolveram no Ocidente na linha dos
ensinamentos de Marsilio Ficino (1433-1499), de Pico della Mirandola
(1463-1494) e de Johannes Reuchlin (1455-1522), esoterismo esse que
floresceu, sobretudo, na Europa e nos séculos xvi e xvii.
A
sua principal característica é a rejeição da linguagem comunicativa
como expressão da verdade, e a pretensão de que é nas camadas
não-semânticas da linguagem que se oculta a antiga Sabedoria. Em
extensão a este conceito, não se pode ignorar a importância do
pensamento judaico e dos textos hebreus na Europa, cujo torat hasod
(conhecimento esotérico) constituiu um corpo específico de tradições
secretas na cultura judaica, no centro do qual, e a partir do século
xiii, se encontra a Cabala, que teve uma influência de indiscutível
relevo no esoterismo cristão.
António de Macedo
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Fonte: paginasesotericas.tripod.com
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