A
maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três
anos de idade. Lembra-se dos seus primeiros aniversários? Soprar as
velas do bolo e fazer um pedido? Este costume da infância baseia-se em
dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um
símbolo para focalização.
Em
termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa
primeiro se concentrar (fazer o pedido) e então associar o seu desejo
mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força de sua vontade faz o
sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ritual
das velas.
Os
atos rituais que se seguem são destinados a agir como agentes
solidificadores para concretizar uma forma de pensamento projetada e
enviada pela mente de quem acende a vela. Em essência, o ritual age como
o impulso que traz o pensamento, desde a imaginação completada até a
manifestação física no plano material.
A
chama da vela é a conexão direta com o mundo espiritual superior, sendo
que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vontade, e
o pavio a direção.
As velas vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
Nos
terreiros, há sempre alguma vela acesa, são pontos de convergências
para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação
ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou.
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito.
A
função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais
é, no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um
pedido.
O
pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas
não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio
chinês: "cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido". A pessoa se
concentra no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo,
no astral, a vontade e o pedido do interessado.
O ato de acender uma vela deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração para a finalidade que se quer.
Muitos
médiuns acendem velas para seus guias, de forma automática e mecânica,
sem nenhuma concentração. É preciso que se tenha consciência do que se
está fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois
a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia ígnea (do
fogo) e, juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta
vela.
Sabemos
que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de
vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas
pessoas a esperança a fé e o amor.
Quem
usar suas forças mentais com ajuda da "magia" das velas, no sentido de
ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se
inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver
negativado (pensamentos de ódio, vingança, etc.), e utilizar para
prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de
retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as
recebeu.
A
intenção de acendermos uma vela gera uma energia mental no cérebro; e
essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim,
podemos dizer que: nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à
qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.
Desta
forma, é inútil acreditar que, podemos "comprar favores" de uma
entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas. Os
espíritos captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos,
quer acendamos velas ou não!
A
cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes
nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é
utilizado na prática do bem e do mal, como matéria-prima poderosa para
somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o
objetivo ao qual se propõe.
Comparada a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia.
É
considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por
ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos,
desprendendo energia. O fogo da chama, a terra e água (através da cera),
o ar aquecido queimando resíduos espirituais.
Posso acender velas ao meu anjo da guarda?
Seria
bom se ao menos semanalmente acendêssemos uma vela branca (ou sete
dias), para nosso Anjo de Guarda. É uma forma de mantermos um "laço
íntimo", de aproximação.
Posso acender vela a um ente querido já desencarnado dentro de casa?
Em
contrapartida, aconselhamos que caso desejasse acender velas para um
ente querido, já desencarnado, se faça em um lugar mais apropriado
(cruzeiro das almas do terreiro, cemitério, igreja) e não dentro de
vossas casas; isto porque, ao mentalizarmos o desencarnado, estamos
entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando
este espírito literalmente, dentro de nossas casas. O que não seria o
correto, pois estaríamos fazendo com que fique mais "preso" ao mundo
carnal, atrasando assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos
isso em um local apropriado, estes locais já possuem "equipes de
socorristas" e doutrinadores, os quais irão ajudá-lo na compreensão e
aceitação de seu desencarne (morte).
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